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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Bulling: Diga Não!

Autor: Elisandra Andrade de Almeida de Souza

  A sociologia, ciência que estuda o comportamento humano em sociedade, tem atraído a atenção de diversas áreas da pesquisa para um fenômeno, não raro, que atualmente tem tomado proporções devastadoras: O Bulling – termo designado para se referir a pratica de abuso, ofensa ou intimidação sobre uma pessoa por entender que esta não tem condições reagir ao seu ofensor. Tal fenômeno pode causar desde problemas de baixa auto-estima, depressão até criar um espírito suicida ou homicida como resposta aos abusos.

Na escola a prática do bulling vem ganhando repercussões internacional, impulsionado pelas tragédias nas escolas e universidades dos Estados Unidos da América, e no Brasil com o nefasto acontecimento na escola primária de Realengo.

Diante deste panorama de crescente violência se faz necessário uma atitude da sociedade contra esta prática tão destrutiva. Nestes termos, este trabalho é uma resposta à prática do bulling escolar, com a execução deste projeto pretendemos definir e orientar os alunos sobre a problemática da prática do bulling nas escola, e desenvolver a consciência de respeito e cordialidade entre os alunos da escola-alvo do projeto.  

A prática do Bullying tornou-se algo comum nos espaços educacionais, provocando cada vez mais atitudes violentas, tantos dos agressores, como das vitimas.

Entretanto os abusos e as ofensas morais e físicas não são problemas da atualidade, na mais antiga e respeitada literatura, a Bíblia Sagrada, vemos exemplos de personagens que recebiam apelidos, sofriam abusos ou eram humilhados físico ou moralmente. Vejamos o texto a seguir:

“Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais..., odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente... seus irmãos, pois, o invejavam... tiraram dele sua túnica... e lançaram-no na cova... e o venderam...”, (Gn 37).

José, em sua amarga vivência, tipifica um grande exemplo de bullying na Bíblia, pois, por meio da inveja e ódio de seus irmãos, o violentaram psicologicamente, através da humilhação, roubando dele muitos direitos. Mas neste caso ele conseguiu suplantar os efeitos do bullying, pois estava na presença de Deus, e sua história tornou-se em sucesso.

 Fernando Mirza cita Pierre Weil ao afirmar que “se alguém quiser transmitir a arte de viver em paz a outras pessoas, dele ele mesmo ser um exemplo daquilo que prega” (pag. 31).

Discutir as questões ligadas a prática do bullying com toda a comunidade escolar, é importante, pois, proporciona a reflexão e evita que novos casos de bullying ocorra nas unidades escolares. Este projeto pretende atuar, tonto com os alunos, como pais e responsáveis, buscando medidas educativas que combatam as ações de violência na escola.

Nas escolas, o bullying ocorre geralmente em áreas com supervisão adulta mínima ou inexistente. Ele pode acontecer em praticamente qualquer parte, dentro ou fora do prédio da escola. Um caso extremo de bullying no pátio da escola foi o de um aluno do oitavo ano chamado Curtis Taylor, numa escola secundária em Iowa, Estados Unidos, que foi vítima de bullying contínuo por três anos, o que incluía alcunhas jocosas, ser espancado num vestiário, ter a camisa suja com leite achocolatado e os pertences vandalizados. Tudo isso acabou por o levar ao suicídio em 21 de Março de 1993. Alguns especialistas em "bullies" denominaram essa reação extrema de "bullycídio".

 

Os que sofrem o bullying acabam desenvolvendo problemas psíquicos muitas vezes irreversíveis, que podem até levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy matou-se em 8 de Janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos actos de perseguição que sofria constantemente. Esta história inspirou uma música (Jeremy) interpretada por Eddie Vedder, vocalista da banda estadunidense Pearl Jam.

Nos anos 1990, os Estados Unidos viveram uma epidemia de tiroteios em escolas (dos quais o mais notório foi o massacre de Columbine). Muitas das crianças por trás destes tiroteios afirmavam serem vítimas de bullies e que somente haviam recorrido à violência depois que a administração da escola havia falhado repetidamente em intervir. Em muitos destes casos, as vítimas dos atiradores processaram tanto as famílias dos atiradores quanto as escolas.


“Quem agride, quer que o seu alvo se sinta infeliz como na verdade ele é. É provável que o agressor também tenha sido humilhado um dia, descarregando no mais frágil a sua própria frustração e impotência”
(Maluh Duprat).

Como resultado destas tendências, escolas em muitos países passaram a desencorajar fortemente a prática do bullying, com programas projetados para promover a cooperação entre os estudantes, bem como o treino de alunos como moderadores para intervir na resolução de disputas, configurando uma forma de suporte por parte dos pares. Dado que a cobertura da "mídia" tem exposto o quão disseminada é a prática do bullying, os júris estão agora mais inclinados do que nunca a simpatizar com as vítimas. Em anos recentes, muitas vítimas têm movido ações judiciais diretamente contra os agressores por "imposição intencional de sofrimento emocional", e incluindo as escolas como acusadas, sob o princípio da responsabilidade conjunta. Vítimas norte-americanas e as suas famílias têm outros recursos legais, tais como processar uma escola ou professor por falta de supervisão adequada, violação dos direitos civis, discriminação racial ou de gênero ou assédio moral.

Estudos sobre as influências do ambiente escolar e dos sistemas educacionais sobre o desenvolvimento acadêmico do jovem vem sendo realizados, mas é necessário também que tais influências sejam também observadas pela óptica da saúde.

A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores. "O fato de ter conseqüências trágicas - como mortes e suicídios - e a impunidade proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema", aponta Guilherme Schelb, procurador da República e autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil.

OBJETIVOS


GERAL
Pesquisar e refletir sobre as causas e conseqüências do bullying, tomando como partida as narrativas de alunos, professores, pais e responsáveis.

ESPECÍFICOS

·         Discutir com os alunos as principais causas de bullying.

·         Refletir sobre a necessidade de desenvolvermos ações educativas contra o bullying.

·         Aplicar atividades, orais e escritas que estimulem a reflexão sobre as práticas de violência no espaço escolar.

·         Discutir o respeito as diferenças no espaço escolar.

METODOLOGIA
Este projeto será desenvolvido através de leituras, discussão de textos, trabalhos em grupos, proporcionando uma reflexividade sobre as causas e conseqüências do Bullying. Também serão utilizadas as seguintes estratégias metodológicas:
·         Apresentação de Filmes;
·         Dinâmicas de Grupo;
·         Produção de Textos;
·         Resolução de casos;
·         Leituras variadas;

REFERENCIAS

http://silvanosulzarty.blogspot.com/2011/05/projeto-didatico-sobre-bullying.html

MIRZA, Fernando. Uma escola do novo milênio. São Paulo. Peirópolis, 1999.

Bíblia Sagrada - Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada. SBB, 2000.

 




 

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